terça-feira, 18 de agosto de 2009

Nenhuma ossada é achada na 1ª etapa de busca no ARAGUAIA

(matéria originalmente publicada no jornal O Povo, no dia 18 de agosto de 2009)

A primeira etapa de busca de ossadas de guerrilheiros terminou hoje no Araguaia. Há frustração e precariedade de informações. A procura se encerra no dia 31 de outubro
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A primeira etapa das buscas na região do Araguaia termina hoje sem a descoberta de nenhuma das ossadas de guerrilheiros desaparecidos na selva amazônica há quase 40 anos.

Até ontem, o Governo já havia gasto R$ 1,1 milhão com os trabalhos da comissão mista de civis e militares responsável pelas buscas. Mais R$ 1 milhão deverá ser gasto até 31 de outubro, data prevista para o encerramento da procura.

Montada pelo Ministério da Defesa em obediência à sentença da Justiça Federal em Brasília, que determinou a entrega das ossadas às famílias, a comissão percorre o Araguaia (sudeste do Pará e norte do Tocantins) desde julho, inicialmente para levantamento de áreas. As escavações começaram na terça-feira passada.

A esperança de que seriam achados restos mortais de alguns dos cerca de 60 guerrilheiros desaparecidos foi minguando ao longo dos dias. Ontem, o coordenador logístico do GTT (Grupo de Trabalho Tocantins, nome oficial da comissão), general Mário Lúcio de Araújo, disse que sente um pouco de frustração com o fracasso inicial da expedição.

“Temos ainda esperanças de encontrar (ossadas). Não muitas, mas alguma coisa vai aparecer. Não se trata de decepção, mas de frustração” disse o oficial, referindo-se ao fato de não terem sido achados restos mortais nas localidades de Tabocão, Água Fria e na cidade de Marabá (500 km ao sul de Belém).

Um dos representantes do Ministério da Defesa na comissão, o coordenador de campo substituto Sávio Andrade disse não se sentir decepcionado porque “tinha ciência” de que haveria dificuldades na descoberta de ossadas. O motivo é a precariedade das informações obtidas especialmente com mateiros que guiavam os militares na caçada a guerrilheiros do então clandestino PCdoB.

R$ 1,1 milhão foi empregado em diárias a civis e militares, aluguel de camionetes e carros, passagens aéreas, alimentação, combustível, hospedagem, manutenção de equipamentos e contratação de firma de serviços gerais (para abertura de valas onde poderiam estar ossadas, por exemplo). (das agências de notícias)

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